quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Como se forma a ferrugem?

Olá pessoal! Costumamos associar a corrosão com a famosa “ferrugem”. Mas como ocorre esse fenômeno?

A corrosão pode ser vista como nada mais que a tendência ao retorno para um composto estável. Assim, por exemplo, quando uma peça de aço enferruja, o ferro, principal componente, está retornando à forma de óxido, que é o composto original do minério.




Supondo a corrosão do ferro, podemos observar no esquema que a superfície do metal é o cátodo e o centro da gota é o ânodo. Onde a gota está presente existirá a oxidação do ferro e a superfície reduzirá. Na verdade ocorrerá um fluxo de elétrons saindo do ânodo e se espalhando para toda superfície metálica.

As reações ocorridas são:

Fe0 → Fe2+ + 2e-(ânodo - oxidação do ferro)
O2 + 22O + 4e- → 4OH- (cátodo - redução do oxigênio para formação da hidroxila, OH-, que participará da formação do óxido).

Somando as semi-equações, temos:
2 Fe + O2 + 22O→2 Fe(OH)2

Geralmente o Fe(OH)2 (hidróxido de ferro II) é oxidado a Fe(OH)3 (hidróxido de ferro III), que é muitas vezes representado por Fe2O3 . 3H2O (ferrugem). A presença de íons em contato com o ferro facilita sua oxidação, por isso em regiões litorâneas (contêm maior concentração de sais) a ferrugem aparece com maior frequência.

Quanto mais íons existirem na água da gota, mais fácil ocorrerá a reação. Este é um exemplo de pilha com aplicação local, vista no nosso dia-a-dia, mas não é a única. Existem vários outros exemplos que como a utilização de metais de sacrifício, ou seja, metais com maior capacidade de oxidação, usados para evitar a corrosão dos outros metais, um exemplo de metal, que é utilizado com esta finalidade, é o magnésio, que se sacrifica pelo ferro.

As reações de eletroquímica não ocorrem somente com metais, mas também ocorrem nos processos de oxidação de plásticos, alimentos, entre tantos outros, sendo a eletroquímica bastante abrangente.


Referências bibliográficas:
http://www.quiprocura.net/corrosao.htm

PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite do. Quimica na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 2006.



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